Pamela Colman Smith

✨ Pamela Colman Smith (1878-1951) ficou famosa por ter ilustrado o tarô hoje conhecido como Rider-Waite-Smith (RWS), em colaboração com o ocultista Arthur E. Waite. 

👩‍🎨 Embora o tarô RWS seja sua obra-prima, Pamela tem uma biografia que vai muito além do tarô. Ela foi uma artista multifacetada: ilustradora, poeta, escritora, editora e designer teatral.

🃏 Em vida, Pamela nunca teve o reconhecimento que merecia; recebeu pouquíssimo para ilustrar o tarô RWS e, por décadas, nem sequer teve o direito de ter seu nome estampado na caixa — até poucos anos atrás, o tarô que ela ilustrou era conhecido como Rider-Waite (Rider era a editora que publicou o tarô em 1910, junto com o livro “A chave pictórica do tarô”). 

🌎 Recentemente, fãs de seu baralho no mundo todo têm se esforçado para corrigir essa injustiça. Seu tarô agora tem sido chamado de Rider-Waite-Smith ou simplesmente Waite-Smith. Ou, ainda, de Smith-Waite! 🎉

📚 Já há várias biografias sobre sua vida, entre as quais a monumental “Pamela Colman Smith – The untold story”, escrita por Stuart R. Kaplan, em colaboração com Mary K. Greer, Elizabeth Folley O’Connor e Melinda Boyd Parsons. Sobre este livro, veja meus últimos posts no Instagram. Há também a biografia escrita por Dawn G. Robinson, “Pamela Colman Smith – Tarot artist – The pious pixie”, que elucida muitas questões sobre sua vida. Para escrever este post, baseei-me principalmente nesses dois livros.

⚠️ Veja abaixo mais sobre a história dela: 

Primeira infância 

Nasceu em 16 de fevereiro de 1878, em Londres, filha única de um casal de norte-americanos. Viveu os primeiros 10 anos de sua vida na Inglaterra (primeiro em Londres e depois em Manchester).

Mudança para Jamaica

Em 1889, mudou-se com os pais para a Jamaica, pois seu pai foi trabalhar como auditor na capital, Kingston. Por muitos anos, fizeram viagens para Nova York e Inglaterra.

Curso de arte

Em 1893, aos 15 anos, mudou-se para Nova York, onde se inscreveu no Pratt Institute, localizado em Brooklyn, onde estudou com Arthur Wesley Dow. Em 1896, teve de voltar para a Jamaica, sem concluir o curso, para ajudar a mãe que estava doente e veio a falecer nesse mesmo ano. 

Volta para Jamaica

Nesse período, interessou-se em fazer miniaturas de teatro e seus personagens, tendo produzido mais de 300 peças. Também publicou um livro de folclore jamaicano, “Annancy Stories” (1899). Alguns anos depois, publicou ainda “Chim-Chim, Folk Stories from Jamaica” (1905).

Retorno à Inglaterra 

Em 1899, retornou à Inglaterra. Seu pai faleceu em Nova York. Nessa altura, conheceu a atriz Ellen Terry, que teria um papel importante em sua vida, e passou a frequentar sua casa em Smallhythe. Em 1900, saiu em turnê pelo país com a Lyceum Theater Company. Nessa época, envolveu-se profundamente com o teatro, produzindo ilustrações, roupas e peças e também participando em algumas cenas. Começou a assinar “Pixie Pam”.

Em 1903, lança a revista The Green Sheaf, que teve 13 edições. Em 1904, funda The Green Sheaf Press, que publicou vários livros escritos por mulheres.

Ordem Hermética do Amanhecer Dourado (OHAD)

Em 1901, por influência do poeta W. B. Yeats, entrou para a Ordem Hermética do Amanhecer Dourado (“Hermetic Order of the Golden Dawn”). Em 1903, após divisões internas na Ordem, ela foi uma das 28 pessoas que se juntaram a Arthur E. Waite em sua Ordem Independente e Retificada.

Tarô Rider-Waite-Smith

Em 1909, Waite a convidou para ilustrar o tarô vendido com o livro “A chave do tarô”. O resultado foi o baralho hoje conhecido como Rider-Waite-Smith, que revolucionou a prática do tarô, pois, pela primeira vez, trouxe ilustrações detalhadas em cada um dos 78 arcanos, ampliando o acesso às cartas para o público em geral. Em 1910, Waite publicou o livro “A chave pictórica do tarô”, cujas ilustrações apareciam em preto e branco.

Mudança para a Cornualha 

Em 1911, Pamela converteu-se ao catolicismo, que seguiu até o fim de sua vida. 

Em 1918, recebeu uma pequena herança de um tio, que possibilitou que ela alugasse uma casa na Cornualha, no litoral inglês, onde administrou uma hospedaria para padres católicos. Sua amiga Nora Lake se juntou a ela lá.

Últimos anos

Após anos de dificuldades financeiras, mudou-se para Bude, também na Cornualha, no início dos anos 1940. 

Lá faleceu, em 18 de setembro de 1951, aos 73 anos, em Bude. A localização exata de seu túmulo é desconhecida, mas especula-se que ela tenha sido enterrada no cemitério St. Michael na mesma cidade.

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